Skip to content

Perigo da Dengue

A dengue é uma doença infecciosa aguda, febril, causada por um vírus (que apresenta quatro variações) e transmitida de uma pessoa a outra pelo mosquito Aedes aegypti contaminado. A doença não é transmitida pelo contato direto de um paciente ou suas secreções com uma pessoa sadia, mas apenas pelo mosquito infectado, que é encontrado em ambientes domésticos e põe seus ovos em recipientes com água limpa.

O mosquito infecta-se picando uma pessoa já com dengue e que apresenta viremia (multiplicação do vírus no sangue). A viremia está presente cerca de dois dias antes do início da febre, e prolonga-se por cinco dias após o início desta.

No mosquito, após uma incubação de dez dias, o vírus ultrapassa seu intestino, contaminando outros tecidos, como suas glândulas salivares. O mosquito fêmea, ao picar outra pessoa, transmite a dengue. É a única forma de transmissão da doença. O mosquito macho alimenta-se apenas de néctar e a fêmea, de néctar e sangue. A fêmea infectada completa seu ciclo de vida de 80 dias infectando outras pessoas.

A infecção por dengue pode ser desde assintomática, passar por um quadro que simule uma virose qualquer, e até apresentar casos graves, com hemorragia e choque. Apresenta duas formas clínicas principais:

  1. a)dengue clássica: após uma semana da picada aparece febre elevada e brusca, dor de cabeça, dos olhos, das articulações, músculos, fraqueza, manchas vermelhas na pele, com coceira. O paciente pode apresentar vômito e dor abdominal. A doença costuma durar uma semana, e é tratada ambulatoriamente com ingestão de líquido, antitérmicos – menos aspirinas, porque pode provocar sangramentos.
  2. b) febre hemorrágica da dengue, esta às vezes com síndrome do choque por dengue. A febre hemorrágica apresenta os sintomas já descritos da forma clássica, além de sangramentos através de vômitos, catarros, urina, do nariz, gengivas e pontos hemorrágicos na pele. Pode manifestar a síndrome do choque por dengue, em que, após a regressão da febre, aparece temperatura muito baixa, havendo aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos, ocorrendo extravasamento do plasma do sangue, que contém água, eletrólitos e proteínas. Esse líquido pode acumular-se na pleura e no abdômen. A pressão pode ir a zero, ocorre insuficiência respiratória, porque o pulmão fica inchado com líquido. É um quadro grave que pode levar a óbito (normalmente com uma semana de doença). O paciente necessita internação hospitalar e é tratada com soro, para reposição de líquidos. Não existe medicação específica para dengue.

A recuperação da dengue deixa imunidade (anticorpos) para o tipo de vírus que gerou a infecção (lembramos que são quatro). A hipótese mais aceita para a ocorrência da forma hemorrágica com choque é a de uma pessoa que já possui anticorpos para um tipo de dengue, apresenta uma segunda infecção, porém com um tipo diferente de vírus.

O estudo sorológico é indispensável para a confirmação da dengue, e é feito em centros específicos. Não é usado para todos os pacientes, sendo realizada uma triagem com exames de sangue mais simples, disponíveis em qualquer unidade.

Para se evitar epidemia da dengue é fundamental que as pessoas acreditem que depende principalmente delas o extermínio do mosquito, que se reproduz dentro de casa, em água parada e limpa. Devemos manter fechados cisternas, caixas d’água, poços, latões. Cuidado com pneus, vasos de plantas com água. Faça a sua parte, não deixe o Aedes o derrubar.

 

This Post Has 0 Comments

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Back To Top